Com 31 anos o belorizontino Wanderson Freitas é o atual
líder do Marcas e Pilotos MG
Diferente da maioria dos pilotos
o seu tipo físico lembra o de um jogador de vôlei ou basquete. Alto, tranquilo,
com um estilo de pilotagem próprio Wanderson Freitas vive um momento de
construção de sua carreira no automobilismo Mineiro e Nacional.
Após estrear no kart e passar pela
velocidade na terra o piloto de 31 anos chegou naturalmente aos autódromos.
Tanto na primeira fase do Mega Space, depois no
Paulista de Automobilismo e até
mesmo em competições como a Mini Challenge e Copa Montana o competidor tem
mostrado o seu valor.
Em uma conversa conosco ele
contou um pouco de sua história, falou do automobilismo Mineiro, carreira,
planos, adversários e estratégias para chegar ao título do Marcas e Pilotos
Minas Gerais 2012.
Confira abaixo a entrevista:
Nome completo: Wanderson Ricardo de Freitas
Idade: 31
Naturalidade: Belo Horizonte
Início da carreira: 1991 aos 10 anos - Kart
Categorias que já competiu: Kart, Velocidade na Terra, Marcas e Pilotos, Mini
Cooper Challange e Copa Montana.
CSR) O automobilismo em Minas
Gerais vive um novo momento com a volta do Mineiro de Marcas e Pilotos. Para
você, qual a importância do estado ter a sua própria competição de turismo?
WF - Temos pilotos mineiros de
grande importância no cenário do automobilismo nacional quanto no internacional
mesmo antes do primeiro autódromo de MG. Isso mostra o potencial dos pilotos
mineiros. Com a reabertura do autódromo muitos pilotos , principalmente aqueles
que contam com baixo orçamento, já consideravam sua carreira por encerrada
por não terem onde correr. Agora esses vão ter um excelente campeonato para
disputar e nao ficarão estagnados no kart.
CSR) Você participou de
competições de kart, velocidade na terra e, agora, velocidade em pista. O
estilo de pilotagem é muito diferente? Qual o mais difícil? Qual o seu
preferido?
WF - Com certeza tem diferenças
de pilotagem. O kart eu tinha uma tocada mais agressiva e foi assim também no
velocidade na terra, no asfalto me adaptei melhor com uma tocada mais suave.
Não tenho uma competição preferida, todos tem sua competitividade e
dificuldade, quando se tem competitividade torna-se gratificante e é isso que o
piloto procura.
CSR) No mês passado você
conquistou o tricampeonato Paulista de Marcas. Como aconteceu a sua decisão de
competir em São Paulo? Você chegou andando bem logo de cara? Quais as maiores
dificuldades você sentiu em Interlagos?
WF - Sempre tive o sonho de andar
em Interlagos, andei de dupla a convite de um amigo (Ricardo Lima) e larguei na
pole Geral logo na minha primeira corrida. Na corrida eu fiquei em P3 na Geral
e P1 na categoria. Foi um resultado inesperado. Em 2009 o Edgard Amaral me
convidou para fazer todo o campeonato com ele , fomos campeões já no primeiro
ano 2009, bi em 2010 terceiro em 2011 e, agora em 2012, por um problema de
saúde, Amaral não pode correr e eu fiz o campeonato sozinho conquistando o
campeonato com cinco provas de antecedência.
CSR) Como surgiu a possibilidade
de competir no Mini Challenge? O que você pode dizer do carro em comparação ao
modelo “Gol” que você compete no Marcas e Pilotos MG?
WF - Foi um convite também de um
amigo para andar de dupla. Aleandro Fortunado correu o campeonato de 2011 e me
convidou para fazer uma corrida de experiência. O resultado foi muito bom
saímos de lá em segundo no campeonato. Resolvemos fazer também a segunda etapa
para ver se conseguíamos um patrocínio, mas, não deu certo e por ser um
categoria relativamente cara não conseguimos continuar com orçamento próprio.
Em relação ao gol é muito diferente a começar pelo pneu Slick e por ser um
carro turbo. Mas não é um carro mais difícil de se guiar do que o gol. Só
precisa pegar as peculiaridades do Mini e isso demanda um certo tempo para se
equiparar aos pilotos que já estão há mais tempo na categoria.
CSR) Diferente de todos os
autódromos do país, o Mega Space teve a sua pista construída, literalmente, na
montanha. Particularmente, você gostou da nova pista? Quais são as maiores
dificuldades deste novo traçado? Você acredita que com a vinda de pilotos de
fora os locais terão muita vantagem?
WF - A pista realmente é
diferente de todas do Brasil. Eu gostei bastante, principalmente pelo fato de
ser diferente. É uma pista muito técnica e difícil acerto do carro, por conta
disso acredito que teremos sim vantagem em relação aos pilotos de fora.
CSR) Com o crescimento do
automobilismo nacional cidades que não tem autódromo passaram a investir no
esporte e montar, até mesmo, circuitos de rua. Salvador e Ribeirão Preto, por
exemplo, recebem anualmente a stock-car. Você acha boa essa iniciativa? Já
chegou a competir em um traçado “urbano”? Será que Minas Gerais teria alguma
cidade com capacidade para uma competição assim?
WF - Essa é uma ideia já
planejada pelo Eduardo Gontijo, só falta sair do papel, ao meu ponto de vista
acho excepcional, pois, será uma novidade para essas cidades que poderão
receber a prova e consequentemente o público irá comparecer. Já andei muito em
circuito de rua na época do kart e era muito legal.
CSR) Você pretende continuar
competindo as categorias de turismo Grupo N ou pretende evoluir para algum
carro mais potente como um Brasileiro de Marcas, Copa Montana ou mesmo alguma
categoria de “gentleman driver”?
WF - Vontade não falta e tenho
convite de varias equipes dessas categorias, acontece que não tenho verba
suficiente para viabilizar o campeonato. Se tivesse o apoio de alguma empresa
com certeza já estaria lá.
CSR) Com certa facilidade você
venceu as duas primeiras provas do Mineiro 2012. Você acredita que será fácil a
conquista do título? Quais os adversários você pode citar como os mais
acirrados daqui?
WF - Por ser uma pista nova
conseguimos chegar a um acerto mais rápido do que nossos concorrentes e com
certeza eles vão chegar e o título não será fácil. Considero como os principais
candidatos ao título Leandro Freitas, Huebe Cimini Jr., Flávio Costa e Wilton
Pena.
CSR) Você e sua equipe estão
preparando alguma novidade para as próximas etapas? Existe alguma estratégia
para as três provas restantes?
WF - Estou com um carro novo que
precisa ainda ir para pista para ser testado e acertado, acredito que por ser
uma carroceria nova tem tudo para ser mais rápido, mas, em contra partida
precisa andar para chegar no acerto do antigo. Não temos uma estratégia, ainda
nao é hora, temos muita corrida pela frente, o importante é chegar entre os
três primeiros, pontuar sempre para chegar no final na briga pelo título.
Crédito das fotos: Flávio Quick
Jornalistas Repsonsáveis: Flávio Quick e Fabíola Cadar
Fones: 31.3225-2236 | 31.9955-1420 – Nextel: 88*2006
E-mail: quickcomunicacao@gmail.com
– Skype: Flavio.quick
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