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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O “cara” a ser batido


Com 31 anos o belorizontino Wanderson Freitas é o atual líder do Marcas e Pilotos MG

Diferente da maioria dos pilotos o seu tipo físico lembra o de um jogador de vôlei ou basquete. Alto, tranquilo, com um estilo de pilotagem próprio Wanderson Freitas vive um momento de construção de sua carreira no automobilismo Mineiro e Nacional.

Após estrear no kart e passar pela velocidade na terra o piloto de 31 anos chegou naturalmente aos autódromos. Tanto na primeira fase do Mega Space, depois no
Paulista de Automobilismo e até mesmo em competições como a Mini Challenge e Copa Montana o competidor tem mostrado o seu valor.

Em uma conversa conosco ele contou um pouco de sua história, falou do automobilismo Mineiro, carreira, planos, adversários e estratégias para chegar ao título do Marcas e Pilotos Minas Gerais 2012.

Confira abaixo a entrevista:

Nome completo: Wanderson Ricardo de Freitas
Idade: 31
Naturalidade: Belo Horizonte
Início da carreira: 1991 aos 10 anos - Kart
Categorias que já competiu: Kart, Velocidade na Terra, Marcas e Pilotos, Mini Cooper Challange e Copa Montana.


CSR) O automobilismo em Minas Gerais vive um novo momento com a volta do Mineiro de Marcas e Pilotos. Para você, qual a importância do estado ter a sua própria competição de turismo?
WF - Temos pilotos mineiros de grande importância no cenário do automobilismo nacional quanto no internacional mesmo antes do primeiro autódromo de MG. Isso mostra o potencial dos pilotos mineiros. Com a reabertura do autódromo muitos pilotos , principalmente aqueles que contam com  baixo orçamento, já consideravam sua carreira por encerrada por não terem onde correr. Agora esses vão ter um excelente campeonato para disputar e nao ficarão estagnados no kart.

CSR) Você participou de competições de kart, velocidade na terra e, agora, velocidade em pista. O estilo de pilotagem é muito diferente? Qual o mais difícil? Qual o seu preferido?
WF - Com certeza tem diferenças de pilotagem. O kart eu tinha uma tocada mais agressiva e foi assim também no velocidade na terra, no asfalto me adaptei melhor com uma tocada mais suave. Não tenho uma competição  preferida, todos tem sua competitividade e dificuldade, quando se tem competitividade torna-se gratificante e é isso que o piloto procura.

CSR) No mês passado você conquistou o tricampeonato Paulista de Marcas. Como aconteceu a sua decisão de competir em São Paulo? Você chegou andando bem logo de cara? Quais as maiores dificuldades você sentiu em Interlagos?
WF - Sempre tive o sonho de andar em Interlagos, andei de dupla a convite de um amigo (Ricardo Lima) e larguei na pole Geral logo na minha primeira corrida. Na corrida eu fiquei em P3 na Geral e P1 na categoria. Foi um resultado inesperado. Em 2009 o Edgard Amaral me convidou para fazer todo o campeonato com ele , fomos campeões já no primeiro ano 2009, bi em 2010 terceiro em 2011 e, agora em 2012, por um problema de saúde, Amaral não pode correr e eu fiz o campeonato sozinho conquistando o campeonato com cinco provas de antecedência. 

CSR) Como surgiu a possibilidade de competir no Mini Challenge? O que você pode dizer do carro em comparação ao modelo “Gol” que você compete no Marcas e Pilotos MG?
WF - Foi um convite também de um amigo para andar de dupla. Aleandro Fortunado correu o campeonato de 2011 e me convidou para fazer uma corrida de experiência. O resultado foi muito bom saímos de lá em segundo no campeonato. Resolvemos fazer também a segunda etapa para ver se conseguíamos um patrocínio, mas, não deu certo e por ser um categoria relativamente cara não conseguimos continuar com orçamento próprio. Em relação ao gol é muito diferente a começar pelo pneu Slick e por ser um carro turbo. Mas não é um carro mais difícil de se guiar do que o gol. Só precisa pegar as peculiaridades do Mini e isso demanda um certo tempo para se equiparar aos pilotos que já estão há mais tempo na categoria.

CSR) Diferente de todos os autódromos do país, o Mega Space teve a sua pista construída, literalmente, na montanha. Particularmente, você gostou da nova pista? Quais são as maiores dificuldades deste novo traçado? Você acredita que com a vinda de pilotos de fora os locais terão muita vantagem?
WF - A pista realmente é diferente de todas do Brasil. Eu gostei bastante, principalmente pelo fato de ser diferente. É uma pista muito técnica e difícil acerto do carro, por conta disso acredito que teremos sim vantagem em relação aos pilotos de fora.

CSR) Com o crescimento do automobilismo nacional cidades que não tem autódromo passaram a investir no esporte e montar, até mesmo, circuitos de rua. Salvador e Ribeirão Preto, por exemplo, recebem anualmente a stock-car. Você acha boa essa iniciativa? Já chegou a competir em um traçado “urbano”? Será que Minas Gerais teria alguma cidade com capacidade para uma competição assim?
WF - Essa é uma ideia já planejada pelo Eduardo Gontijo, só falta sair do papel, ao meu ponto de vista acho excepcional, pois, será uma novidade para essas cidades que poderão receber a prova e consequentemente o público irá comparecer. Já andei muito em circuito de rua na época do kart e era muito legal.

CSR) Você pretende continuar competindo as categorias de turismo Grupo N ou pretende evoluir para algum carro mais potente como um Brasileiro de Marcas, Copa Montana ou mesmo alguma categoria de “gentleman driver”?
WF - Vontade não falta e tenho convite de varias equipes dessas categorias, acontece que não tenho verba suficiente para viabilizar o campeonato. Se tivesse o apoio de alguma empresa com certeza já estaria lá.

CSR) Com certa facilidade você venceu as duas primeiras provas do Mineiro 2012. Você acredita que será fácil a conquista do título? Quais os adversários você pode citar como os mais acirrados daqui?
WF - Por ser uma pista nova conseguimos chegar a um acerto mais rápido do que nossos concorrentes e com certeza eles vão chegar e o título não será fácil. Considero como os principais candidatos ao título Leandro Freitas, Huebe Cimini Jr., Flávio Costa e Wilton Pena.

CSR) Você e sua equipe estão preparando alguma novidade para as próximas etapas? Existe alguma estratégia para as três provas restantes?
WF - Estou com um carro novo que precisa ainda ir para pista para ser testado e acertado, acredito que por ser uma carroceria nova tem tudo para ser mais rápido, mas, em contra partida precisa andar para chegar no acerto do antigo. Não temos uma estratégia, ainda nao é hora, temos muita corrida pela frente, o importante é chegar entre os três primeiros, pontuar sempre para chegar no final na briga pelo título.

Crédito das fotos: Flávio Quick

Jornalistas Repsonsáveis: Flávio Quick e Fabíola Cadar
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