Após
seis horas de prova, equipe formada por Luir Miranda, Nicolas Costa,
Felipe Vieira e Matheus Porto cruzou a linha de chegada com uma vantagem
de apenas 11s527 para os vice-campeões Fabio Konrad, Humberto Rubin,
Lucas Motta e Maurício Pereira
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Luir Miranda (esq.) e Nicolas Costa comemoram vitória na Nations Cup |
O
primeiro dos cinco títulos que compõem o Campeonato Mundial de Karts 4
Tempos (KWC) já é do Brasil. Na noite do último domingo (20), após seis
horas de prova, o quarteto formado por Luir Miranda, Nicolas Costa,
Felipe Vieira e Matheus Porto venceu a Nations Cup - prova de longa
duração que abriu a programação do KWC no Kartódromo Internacional de
Nova
Odessa (SP) -, depois de uma emocionante disputa com os também
brasileiros Fabio Konrad, Humberto Rubin, Lucas Motta e Maurício
Pereira.
A vitória dos integrantes da equipe Mota Ferramentas Brasil sobre a
equipe KVR foi garantida somente na última das seis horas de corrida, e
por uma diferença de apenas 11s527. Os campeões e os segundos colocados
foram os únicos a completar 267 voltas pelo circuito, e tiveram no pódio
a companhia da equipe belga BlueStar - que terminou duas voltas atrás.
O time vencedor apostou em uma formação que mesclou especialistas da
modalidade quatro tempos com pilotos já consagrados no automobilismo.
Vice-campeão da Fórmula Futuro e ex-piloto da Trofeo Linea, Luir Miranda
liderou a equipe ao lado do amigo e antigo rival nos kartódromos do Rio
de Janeiro, Nicolas Costa. Campeão da Fórmula Futuro e da Fórmula
Abarth, e atual piloto da Pro Mazda nos EUA, Costa foi o responsável
pelo último turno de pilotagem da equipe Mota Ferramentas.
"Havia seis anos que eu não pilotava esse tipo de equipamento, e recebi
com muita alegria o convite para integrar a equipe Mota Ferramentas
mesmo sem ter a certeza de que seria ou não competitivo. O Rio de
Janeiro tem muita tradição nas disputas de kart quatro tempos e,
consequentemente, muita força nesta modalidade. Trabalhamos bem hoje e o
resultado, embora apertado, foi merecido pelo empenho de nossa equipe",
declarou Nicolas, que defende o Team Pelfrey na Pro Mazda.
Os campeões estiveram atrás da KVR durante a maior parte da prova. A
perda de mais de 40 segundos durante uma das paradas para troca de karts
chegou a colocar em dúvida a possibilidade de recuperação da equipe
Mota. E foi aí que a estratégia fez a diferença. Como o regulamento da
Nations Cup prevê cinco trocas obrigatórias de karts entre os
participantes, e turnos de pilotagem de pelo menos uma hora para cada
competidor, equacionar as paradas de acordo com o desempenho dos
adversários acabou sendo fundamental para a vitória dos cariocas.
"Numa competição como esta a vitória é de toda a equipe, e isso não
significa somente os pilotos. O pessoal que fica no box, controlando as
paradas e o desempenho de cada um de nós, tem papel fundamental. Em uma
prova de longa duração, não basta ter pilotos de grande qualidade
individual. É preciso uma boa estratégia e, principalmente, resistência.
A capacidade de completar um grande número de voltas de maneira
competitiva exige muito, tanto física quanto mentalmente", acrescentou
Luir Miranda.
Disputado por 25 times de diversos países, o KWC começou sem favoritos
em Nova Odessa. Com pelo menos quinze equipes cotadas para a vitória, o
torneio comprovou a expectativa de que seria um dos Campeonatos Mundiais
mais difíceis já disputados pelos pilotos de karts quatro tempos. Prova
disso foi o elevado nível técnico dos participantes.
Os vice-campeões não trouxeram nenhum piloto com histórico no
automobilismo, como fez a Equipe Mota, mas inscreveram um quarteto
acostumado às disputas internacionais e com histórico de sucesso em
campeonatos mundiais.
"Viemos com a mesma formação que conquistou o vice-campeonato mundial no
ano passado, na Dinamarca, e nosso objetivo foi novamente buscar a
vitória. Numa prova como esta é muito importante ter constância. Desde a
disputa na Dinamarca, fizemos muitos treinos em pistas do Rio de
Janeiro e chegamos confiantes para este torneio. Agora o foco passa a
ser a briga pelos títulos individuais", disse Fabio Konrad, uma das
estrelas da KVR.
Konrad, Maurício Pereira e Humberto Rubin já representaram o Brasil na
final mundial do Red Bull Kart Fight, e todos os integrantes da KVR já
haviam disputado o torneio de karts equipados com motores quatro tempos
promovido e organizado pela fabricante de bebidas energéticas.
Participar com destaque do Kart Fight é um indicativo de potencial de
vitórias no KWC, que embora tenha uma dinâmica diferente é igualmente
competitivo e apresenta elevado nível técnico.
As disputas do Mundial de Karts 4 Tempos prosseguem no circuito paulista
até o próximo domingo (27), quando serão definidos os quatro campeões
individuais do torneio. Além da disputa por equipes, o Mundial premiará o
Campeão Individual Geral e os vencedores nas categorias Júnior, Sênior e
Feminina. Veja como terminou a Nations Cup:
1) Mota (Brasil), 267 voltas
2) KVR (Brasil), a 11s527
3) BlueStar (Bélgica), a 2 voltas
4) CKFC (Brasil), a 2 voltas
5) Rio Grande do Sul (Brasil), a 3 voltas
6) Brasil Clube Kart (Brasil), a 3 voltas
7) Brasília (Brasil), a 3 voltas
8) La Mancha (Espanha), a 3 voltas
9) Belcorp Oceanica Larimax (Brasil), a 4 voltas
10) Phyja (Brasil), a 4 voltas
11) KCR-VDH (Holanda), a 4 voltas
12) Iberian Team (Portugal), a 4 voltas
13) FAAK (Brasil), a 4 voltas
14) Fiamoncini (Brasil), a 4 voltas
15) Team Italy (Itália), a 5 voltas
16) CKFF (Brasil), a 5 voltas
17) Eurokart (Brasil), a 9 voltas
18) APKA 2 (Brasil), a 9 voltas
19) Seniores (Brasil), a 11 voltas
20) Team Sweden (Suécia), a 11 voltas
21) Outsiders (Brasil), a 12 voltas
22) APKA 1 (Brasil), a 15 voltas
23) Dart (Brasil), a 18 voltas,
24) Kart GP (Brasil), a 22 voltas
25) Team Poland (Polônia), a 66 voltas
Melhor Volta: APKA 1 - 1min15s125 na 196a passagem
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