Em uma das edições mais difíceis da competição o Brasil manteve a tradição de fazer campeões
Neste domingo (24) foi encerrada em Las Vegas, nos Estados Unidos, a edição 17 do SKUSA - Super Karts USA. As corridas de ontem finalizaram o evento que teve início ainda na quarta-feira em uma mega estrutura montada no estacionamento do Rio All-Suites Hotel e Casino. A conhecida capital mundial dos jogos recebeu exatos 605 inscritos e, segundo informações oficiais,
tornou-se a maior edição da história do evento.
tornou-se a maior edição da história do evento.
Os treinos começaram de forma tranquila e nas quatro sessões livres do primeiro dia os pilotos procuraram se adaptar ao traçado e conforme a pista ia limpando naturalmente os tempos caíam. Na quinta-feira, então, teve início o drama que acabou por definir toda a história do Campeonato. De forma bastante intensa a cidade de Las Vegas recebeu um impressionante volume de chuva que seguiu até a noite de sábado, quando já estavam sendo finalizadas as últimas baterias classificatórias.
Para piorar a situação o frio chegou muito forte à região do deserto do estado de Nevada e, com temperaturas que não passavam dos oito graus e muito vento os sites de meteorologia apontavam sensação térmica de cerca de 3 graus. Nessas condições extremas a competição desse ano acabou por ter seus momentos de disputas muitas vezes definidos pelos pilotos que mais conseguiram regularidade e se manter na pista.
Outro grande drama dessa edição do SKUSA foi a falta de pneus de chuva. Como o regulamento não obriga os pilotos a comprarem estes pneus a organização não tinha estoque suficiente para suprir a todos os concorrentes. Por outro lado, as equipes, contando que não choveria no deserto, acabaram não levando os pneus causando assim um enorme problema. Vários representantes dos Estados Unidos foram acionados e enviaram os compostos, por via aérea, para Vegas. Porém, ainda assim, muitos pilotos ficaram sem pneus ou mesmo tiveram de utilizar compostos usados e até mesmo ressacados.
Para a alegria de todos sol voltou a brilhar forte e as temperaturas subiram bastante no domingo. Desta forma, o Super Sunday, nome dado pelos organizadores para o dia das corridas finais, levou de volta ao SKUSA a competitividade e, acima de tudo,deixou na mão dos pilotos e equipes a definição dos campeões.
A participação brasileira começou de forma muito positiva e, em todas as condições de pistas, os "brazucas" sempre mostravam sua força liderando treinos e ditando de certa forma o ritmo que os concorrentes teriam de seguir.
Na classe TaG Cadete o piloto Gianluca Petecof foi o único brasileiro. Com o retrospecto do título brasileiro e da Copa Brasil desta temporada ele chegou bastante credenciado para lutar pelo título. Na bateria final ele foi muito bem. Desde a largada ele partiu para a disputa por posições e, mesmo diante de concorrentes mais experientes e com várias provas utilizando este equipamento, ele conseguiu se destacar finalizando o SKUSA na sétima posição.
Dos sete brasileiros inicialmente inscritos na TaG Junior quatro deles passaram para a final - Yurik Carvalho, Vinícius Paparelli, Mauro Auricchio e Gustavo Bandeira. Partindo da segunda posição Yurik fez uma manobra fantástica na largada e assumiu a ponta. Passada a confusão da curva um Paparelli conseguiu um bom espaço e logo pulou para quinto. A corrida seguiu e, muito rápidos, Yurik seguia na ponta enquanto que Paparelli escalava o pelotão. Com cinco voltas completadas os dois brasileiros lideravam a corrida se revezando no primeiro lugar. Na metade da prova, porém, outros dois karts chegaram na briga e, então, a disputa ficou ainda mais apertada. Yurik, aproveitando-se do troca troca de posições, conseguiu abrir um pouco e, de certa forma, garantiu o seu título. Paparelli, por sua vez, teve uma pequena queda de rendimento nas últimas cinco voltas e acabou finalizando no quarto lugar. Auricchio e Bandeira, ambos em corrida de recuperação, terminaram em 11º e 18º respectivamente. Cabe ressaltar que Yurik conquistou também o título do SKUSA Pro Tour, Campeonato que tem três provas sendo a final a prova deste fim de semana.
A categoria que talvez tivesse a maior quantidade de brasileiros com chance de título acabou por não levar nenhum ao pódio. A TaG Senior teve, desde os treinos livres, o domínio de João Vieira que foi inclusive o pole-position da categoria. Nesta classe também estiveram muito rápidos André Nicastro, Felipe Fraga, Marco Túlio Souza e Renato Jader Davi. Após as provas na chuva e, principalmente, a última corrida classificatória os brasileiros acabaram ficando um pouco para trás devido às inevitáveis batidas. Nicastro e Marco Túlio foram para a repescagem e, Marco, após um toque, deu adeus à competição. Nicastro venceu e, com isso, teve o direito de partir da 35ª posição na final. A corrida decisiva teve na largada como melhor brasileiro Jader David, partindo da 14ª posição. Logo na largada Vieira, que planejava recuperação, tomou um forte toque e teve de abandonar. Fraga, vindo de 31º, teve literalmente que parar porque a pista ficou fechada na curva um com vários karts batidos. Nicastro, por sua vez, se deu bem nessa confusão e ganhou várias posições. Em corrida espetacular André passava três ou quatro karts a cada volta e, com cinco giros completados estava na 11ª posição quando, para sua sorte, a prova foi interrompida com bandeira vermelha para reparos nas barreiras de proteção da pista. Com o pelotão realinhado André passou a acreditar, realmente, na possibilidade de título. Outro que se deu bem com a bandeira vermelha foi Fraga, que pôde voltar para o pelotão após ter ficado muito para trás. Cerca de15 minutos depois a corrida foi reiniciada e André seguia muito veloz. Na metade da corrida ele já era o quarto colocado e, ao tentar ganhar a terceira posição, acabou se chocando contra o concorrente e sendo excluído da corrida. Fraga, por sua vez, conseguiu uma destacada prova de recuperação e fechou o SKUSA em nono, como o melhor brasileiro na categoria. Jader David também não terminou.
Dos seis brasileiros que foram para a final da TaG Master os destaques ficaram por conta de Diego Pelosi, Bruno Fusaro e Leonardo Nienkotter. Nienkotter, em corrida de recuperação, chegou a liderar a prova, mas, acabou se enroscando com um concorrente e perdendo várias posições. Ele ainda se recuperou bastante e recebeu a bandeirada no quarto lugar. Bruno Fusaro, que também foi rápido a semana inteira, recebeu um toque na traseira e, com o kart empenado, ainda conseguiu ser competitivo e terminou a prova em 10º. Diego Pelosi foi o sexto em bateria marcada por várias trocas de posição. Sandrei Silva foi o 13º, Markenson Marques e Francisco Marques não completaram a prova.
Apesar da tradição boa dos pilotos brasileiros na classe S4 neste ano a categoria não teve nenhum dos representantes do Brasil no pódio. Quem esteve na briga pelas primeiras posições foi Eduardo Martins, mas, acabou sendo tocado e não completou a prova. Christian Bartz chegou na 23ª posição e Emílio Padron em 29º.
Completando a participação brasileira os pilotos Felipe Ortiz e Juan Crespi competiram pela classe Rotax Junior Max. Felipe, largando no meio de pelotão, vinha em prova de recuperação, porém, recebeu uma forte batida e teve de abandonar. Crespi, por sua vez, partiu da última posição, no 41º lugar. Em uma corrida espetacular o piloto conseguia achar espaços e, com isso, ganhou várias posições. Escapando das batidas e das barreiras de proteção ele teve uma prova muito boa e conseguiu terminar em 13º.
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