Sorocabano antecipa
retorno para etapa de Guaporé, como preparação para celebrar 50º aniversário
disputando a temporada completa
O
GP Crystal, oitava e antepenúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula
Truck, vai marcar neste domingo (14) no circuito gaúcho de Guaporé o retorno de
Djalma Fogaça às pistas. O sorocabano, que pilotou na categoria entre 1999 e
2009, antecipa a volta à cabine do caminhão número 72 da Ford Racing Trucks –
seu plano inicial era de retornar em 2013, quando vai completar 50 anos. Desde
2010, Fogaça atém-se ao comando técnico da equipe.
Na temporada atual, os pilotos da equipe são os paulistas Danilo Dirani e Pedro
Gomes. Dirani vê na reestreia de Fogaça como piloto um trunfo para toda a 72
Sports/Ford Racing Trucks. “Nossa equipe não vem em um ano muito bom, e a vinda
dele dá um ânimo a mais para todos. Não só pelo ânimo, mas pelo que toda a
experiência dele como piloto pode ajudar no trabalho de desenvolvimento. E é um
caminhão a mais para a gente tentar marcar pontos”, diz o piloto.
Competindo pela equipe de Fogaça desde o campeonato de 2010, Dirani faz questão
de frisar uma admiração especial pelo chefe de equipe. “O Fogaça é um cara que
eu admiro desde moleque. Quando eu nasci ele já estava buscando o espaço dele
no automobilismo, passou por carros de fórmula, carros de turismo, e hoje está
aqui, e para mim é uma satisfação muito grande trabalhar na equipe dele, ter a
orientação dele pelo rádio durante as corridas”, ilustra.
Hoje piloto da Scuderia Iveco, Beto Monteiro reverencia a volta de Fogaça.
“Tenho o Djalma como um mestre, muito do que eu sei foi ele quem me ensinou”,
atribui o pernambucano, que conquistou pela DF Racing Trucks o título de 2004.
“Djalma foi rápido em todas as categorias que disputou e chega para compor um
panorama na Truck que, hoje, já é de um nível alto. O lado ruim, digamos assim,
é que é mais um nome forte para disputar com a gente”, brinca.
Wellington Cirino foi um dos principais adversários de Fogaça na década
passada. Tetracampeão brasileiro, o paranaense da ABF/Mercedes-Benz aponta
fatores positivos na volta do piloto. “Ele volta por bons motivos. Primeiro,
para se preparar bem para o campeonato dos 50 anos dele. Depois, porque sabe
refinar o acerto do caminhão, e isso é importante para a equipe da Ford neste
momento”, enumera. “A bem da verdade, acho que ele não deveria ter parado de
correr”.
Adalberto Jardim compartilha da observação de Cirino. “A ideia dele voltar me
agrada, mas eu fui contra quando ele decidiu parar”, conta o piloto paulista da
AJ5 Motorsport/MAN-Volkswagen. “Ele volta numa condição não tão boa, depois de
quase três anos parado pode ter alguma dificuldade com o preparo físico. Do
piloto, não há o que falar. Se o caminhão ajudar, ele vem bem, com certeza. E a
volta de um nome como o dele é algo muito sadio para a Truck”, considera.
A presidente da Fórmula Truck, Neusa Navarro, também aplaude o retorno de
Fogaça à pista. “Ele é muito conhecido, e devido a isso vai abrilhantar ainda
mais o evento, com certeza”, aposta. “Djalma é um piloto acostumado com
corrida, sempre viveu disso e está aí até hoje. Ele tem sua importância para a
categoria, passou muitos anos aqui como piloto, hoje é dono de equipe. Ele
parou, mas nunca negou a vontade de retornar”, ela observa.
Grelak Comunicação
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