Piloto de Osasco que
tinha medo de motos na infância confirma participação nas cinco últimas etapas
da categoria GP 1000
Já
sob o reconhecimento de ter em suas etapas os principais nomes da
motovelocidade nacional, o Moto 1000 GP confirmou nesta quinta-feira (11) mais
uma estreia significativa. Danilo Lewis, paulista de 21 anos, estará no grid da
categoria GP 1000 já a partir da quarta etapa, que vai marcar em Brasília o encerramento
da primeira metade da temporada 2012. A corrida no Autódromo Internacional
Nelson Piquet será disputada no próximo dia 21.
Lewis vai pilotar a Kawasaki ZX10R número 17 da Procomps Racing Team. “A equipe
somos eu, meu pai, minha mãe e meus irmãos, temos a ajuda de alguns amigos”,
ilustra o piloto da cidade de Osasco. O time é chefiado por seu pai Carlos
Eduardo da Silva, que visitou o Moto 1000 GP durante a terceira etapa, no
circuito gaúcho de Santa Cruz do Sul, onde já manifestou aprovação aos métodos
e às propostas do evento nacional de motovelocidade.
“Eu tenho acompanhado o Moto 1000 GP desde o ano passado, pela televisão, ouço
e leio muitos pilotos falando muito bem do campeonato. Pelo que vi até agora, o
campeonato tem uma infraestrutura muito boa e é formado por pessoas que querem
ver o esporte crescer”, opina Lewis. “As etapas têm bastante tempo de treino, o
que é ótimo para os pilotos. Se o trabalho continuar como está, esse campeonato
vai ainda mais longe”, ele aposta.
O piloto paulista confirmou participação nas cinco etapas restantes da
temporada de 2012. “Quero mostrar meu trabalho, o meu potencial. Vou buscar
bons resultados, tentar estar no pódio para conseguir patrocinadores”,
estipula, já identificando na adaptação aos pneus Power Slick da Michelin um de
seus desafios. “Nunca andei com pneus slick, mas com alguns treinos já vou
estar adaptado a eles para acelerar forte com os pilotos da GP 1000”, acredita.
Além da participação em competições nacionais, Lewis teve nos dois últimos anos
algumas experiências internacionais. “Conseguimos viabilizar a minha
participação em algumas corridas na Europa, isso foi importantíssimo na minha
carreira”, destaca. Em 2011, foi terceiro colocado no Troféu Italiano, em
Franciacorta, correndo como piloto convidado da organização. Também ficou entre
os 10 primeiros da 600cc Superstock no Italy Michelin Power Cup.
A história de Danilo Lewis na motovelocidade teve um início no mínimo curioso.
“Eu morria de medo de motos. Meu pai é mecânico de motos e sempre que ele
funcionava uma moto eu saía correndo e me escondia. Só que quando tinha 11
anos, pedi para o meu pai me apoiar e me ajudar de todas as formas para eu
começar a correr. O que eu queria era correr”, ele conta. “Meu pai ficou
surpreso, claro, causa do meu medo”, ele recorda.
O pedido foi aceito. “O meu pai me perguntou se era isso mesmo que eu queria,
eu respondi que sim. Aí ele me disse ‘Então está bem, eu vou fazer a minha
parte, mas você vai se dedicar ao máximo para ser piloto. Não apenas mais um’,
e eu respondi ‘trato feito’. Comecei no motocross, depois fui para o Supermoto
e mais tarde para a motovelocidade. Mas sempre foi muito difícil, na raça,
porque não temos dinheiro para isso”, conta.
A primeira participação de Lewis na motovelocidade deu-se em 2006, aos 15 anos,
numa etapa do Brasileiro de 125cc em Interlagos. “Fui penúltimo, a uma volta do
líder, mas tive certeza que era isso que eu queria”, recorda o piloto, que vive
uma rotina bastante atribulada – ajuda a família em uma oficina na parte da
manhã, cuida do preparo físico à tarde na academia e, no restante do dia, trata
dos contatos com patrocinadores e apoiadores.
Em 2007, Lewis foi quinto colocado na categoria Júnior do Brasileiro de 250cc.
Em 2008, tornou-se o primeiro piloto da Júnior a ganhar uma corrida do
Brasileiro na classificação geral. “O primeiro e o único”, orgulha-se. Naquele
ano, terminou o Brasileiro em terceiro lugar. Em 2009, Lewis conquistou os
títulos da Copa Centauro e do Paulista das 250cc, além do vice-campeonato no
Brasileiro de 250cc, já competindo pela categoria Pró.
Em 2012, Lewis foi 15º na etapa de Assen do Mundial de Superstock. O resultado
no circuito holandês tornou-o único piloto brasileiro a ter estreado no
Campeonato Mundial marcando pontos. Ele também participou da etapa da
competição no circuito italiano de Monza, onde foi 19º colocado. “Agradeço a
Deus todos os dias pela família e pelas oportunidades que tenho. Sei que ainda
vou fazer uma temporada no Mundial”, sonha o piloto.
A programação de treinos para a etapa de Brasília terá início na sexta-feira
(19). A categoria GP 1000 tem os pilotos paulistas Alan Douglas e Pierre
Chofard, ambos pilotos da Pitico Race, empatados na liderança. Na GP Light, o
líder é paulista Renato Andreghetto, outro que defende a Pitico Race. O líder
da GP 600 é o gaúcho Rafael Bertagnolli Hormercher, da Bertagnolli Racing. A GP
Máster tem o paranaense Gustavo Rodríguez em primeiro.
Grelak Comunicação
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