Em sua segunda
temporada, campeonato nacional mantém foco no cumprimento de metas defendidas
pelos participantes
A
boa visibilidade e os baixos custos operacionais para pilotos e equipes estão
entre os principais atrativos do Moto 1000 GP. A avaliação é dos próprios
chefes de equipes que atuam no campeonato. Criado no ano passado sob a proposta
de criar condições tão favoráveis quanto possível para o processo de
desenvolvimento da motovelocidade no Brasil, o Moto 1000 GP terá as provas da
terceira etapa em Santa Cruz do sul (RS), no próximo dia 23.
Um dos chefes de equipe que avalizam os predicados do campeonato criado e
organizado pelo ex-piloto Gilson Scudeler é Murilo Colatreli. À frente da
Colatreli Racing, equipe sediada em Monte Alto, cidade do interior de São
Paulo, o campeão brasileiro de 2010 experimenta uma repercussão positiva do
trabalho que faz no Moto 1000 GP desde a segunda metade do campeonato de 2011.
“O campeonato está ganhando força”, ele aponta.
“O Moto 1000 GP é um campeonato que tem muita visibilidade, a gente pode ver
que as equipes estão crescendo”, testemunha. “O nível está cada vez maior, e com
isso tudo se desenvolve. O alto nível puxa para cima o objetivo do trabalho de
todos, de mecânicos, de pilotos. E os custos são acessíveis. Claro que nós
dependemos de patrocinadores, mas com um campeonato fortalecido essa negociação
também se torna menos difícil”, entende.
A Pitico Race participa do Moto 1000 GP com seis pilotos, sendo três em cada
categoria. A equipe está na liderança da GP 1000, com Alan Douglas, e da GP
Light, com Renato Andreghetto. “É um campeonato novo, óbvio que há coisas para
melhorar, mas justamente por ser tão novo a gente já não exigiria tanto quanto
tem sido feito”, aponta José Carlos de Moraes, o “Pitico”. “Todos percebem que
essa evolução já está acontecendo”, diz.
O exemplo utilizado pelo chefe de equipe é recente. “Tivemos situações na
última etapa, em Curitiba, que exigiram ação rápida, e os problemas foram
sanados pelos organizadores com participação dos pilotos sem que houvesse nada
a ser questionado. O campeonato está crescendo e as equipes crescem junto”,
avaliza Pitico. “E há um regulamento técnico restrito, que impede uma
disparidade para as equipes que tiverem mais orçamento”.
Joniran Saling, piloto e chefe da equipe Speed Racing, vê o custo baixo como um
dos maiores atrativos do Moto 1000 GP. “O sistema das inscrições anuais foi uma
grande sacada. E com o subsídio da gasolina Podium que os pilotos recebem, se
você colocar na ponta do lápis, a inscrição sai de graça. O combustível para as
oito etapas já vale muito mais que o valor pago por piloto em inscrições”, calcula
o piloto catarinense.
Saling aponta o preço subsidiado dos pneus Michelin como atrativo a mais na
questão de custos. “O pneu é muito barato, também”, frisa, destacando ainda o
alcance de mídia do evento. “A transmissão pela televisão é forte. Na última
corrida, mesmo, eu nem consegui largar, tive um problema na hora de ir para o
grid, e mesmo assim recebi quase cem telefonemas de amigos antes de sair do
autódromo. É um campeonato nota dez”, avalia.
A ampla divulgação foi o fator principal na decisão da Duas Rodas Team Racing
de tomar parte do Moto 1000 GP. “Nós participávamos de campeonatos regionais no
Paraná, mas que não traziam nada de exposição”, lembra Alan da Costa, o
“Xenon”, chefe de equipe sediada na cidade paulista de Jundiaí. “No ano passado
conversamos com o Gilson e vimos que a proposta era de uma organização
diferente. Resolvemos apostar”, ele conta.
O resultado da decisão tem sido satisfatório, segundo Xenon. “As provas passam
na televisão, existe um trabalho de divulgação antes do campeonato e antes das
etapas que já cria uma expectativa por parte do público. Você chega para uma
corrida e já tem uma plateia, o campeonato ganha muita evidência. O Moto 1000
GP tem uma cara de campeonato, mesmo, é coisa que não existia no Brasil”, aponta
o responsável pelas cinco motos da equipe.
A Duas Rodas Team Racing disputa a categoria GP 1000 com Antonio Bortolucci.
Também está na GP Máster com Walter Haertel Júnior – que é vice-líder do
campeonato – e Darci Anadão, além de atuar na GP Light com Abner Gatto e Brecht
Mondragon. A Pitico Race participa da categoria GP 1000 com Alan Douglas,
Pierre Chofard e João Simon e participa da GP Light com Nick Iatauro, José
Ricardo Júnior e Renato Andreghetto.
Joniran Saling, Lisandro Soares e Douglas Moreira, os pilotos da Speed Racing,
estão todos inscritos na categoria GP Light. Murilo Colatreli, chefe da
Colatreli Racing, pilota na GP 1000. A equipe passa a atuar também na GP 600
com Walter Pimentel. O Moto 1000 GP conta com o patrocínio de Petrobras, Lubrax,
BMW Motorrad e Michelin, além dos apoios de Beta, Shoei, Bell, Servitec,
Calfin, Tutto Moto e Öhlins.
Grelak Comunicação
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